
Muitas vezes, ele não precisava dizer nada para me aprovar ou repreender, bastava um olhar e eu entendia tudo. Aliás, meu pai era um homem de poucas palavras e poucos gestos, mas muito amor. Para compreendê-lo melhor, fui desde cedo treinada na arte de interpretar seu olhar.
Dizem que “o olhar é a janela da alma”... Uma expressão tanto repetitiva como verdadeira. É que os olhos transmitem o que se passa na essência, mesmo quando a boca diz o contrário.
As palavras têm sua importância, mas na arte de transmiti-las, muitas vezes, diminuímos o sentido do que realmente desejamos expressar, acabamos nos confundindo com os termos e sentindo falta da expressão certa que traduza a linguagem do coração. Além disso, existe um espaço entre o que falamos e o ouvido de quem nos escuta, e nesse espaço, nasce a interpretação, que nem sempre corresponde à realidade.
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