quinta-feira, 28 de agosto de 2014

" Costumo dizer que, para cada pessoa, tenho dentro de mim uma “gaveta”, cada um tem a sua. Umas maiores, outras menores, mas nunca usurpadas por outras pessoas. Ali dentro destas gavetas, eu guardo o amor que sinto por cada um. Amores que se transformaram em amizade, em saudade, em melancolia, em mágoa também... Não tenho gavetas vazias, porque não tenho uma vida vazia. Eu não apago pessoas, porque não posso apagar minha história, nem posso (nem quero) descartar nem despejar ninguém da “sua gaveta” aqui dentro, porque de alguma forma, fazem parte do que me tornei.
Sim eu me tornei “fria”. Me tornei fria porque percebi que mesmo que as gavetas se fechem, elas não deixam de existir e que o fato de se fecharem, ao encerrarmos certos ciclos da nossa vida, não desmerecem o que senti e o que vivi. Apenas não estão mais abertas... E como uma criança travessa, que às vezes as abre e dá uma “espiada”, abro pra não esquecer os momentos felizes que tive, das dores que me fizeram mais forte e, principalmente, para me lembrar que o tempo passa, as feridas cicatrizam e novas gavetas sempre se abrem..."

 - Mel Muller.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014


Sobre encontrar a outra metade da laranja....

....se você quer mesmo saber, eu acho que a minha maior mudança nesses dias foi conseguir te enxergar exatamente do jeito que você é. E aí, quando eu te vi de verdade, eu percebi que prefiro ser metade.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida,pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.Não estou aqui pra que gostem de mim.Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos,com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar... Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes,em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma,no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou.