quarta-feira, 20 de março de 2024

Quero me pedir desculpas por todas as vezes  que me culpei quando não era minha culpa, 

e por todas as vezes que me sabotei por coisas que não estava ao meu alcance.

E por tantas vezes ter duvidado da minha intuição quando na verdade, eu sabia o que eu sentia.
e por todas as vezes que duvidei da minha capacidade, só porque o meu afeto não foi o suficiente pra alguém permanecer.
E por todas as vezes que me submeti a aceitar situações e relações que já não estavam me fazendo bem, só porque eu me prendia ao fato de que um dia, tinha me feito bem.
E por todas as vezes que eu ouvi demais, que dei muito do meu tempo e da minha compreensão e permitir que abusassem disso quando eu deveria dizer: “não”!
E por ter me culpado por coisas que fizeram comigo, e por ter ficado mal por me sentir culpado por isso, e principalmente, por insistir em me culpar todas as vezes que não consegui superar situações assim no tempo que eu queria.
Quero pedir desculpa por todas as vezes que não me desculpei, e por todas as vezes que não assumi a culpa e acabei perdendo pessoas, inclusive, eu mesmo.
Desculpa, tá?

Iandê Albuquerque

terça-feira, 5 de março de 2024

Saudade....

Se você morrer de saudade me avisa, pra eu saber se amanhã será um dia azul ou cinza. Se você lembrar meu nome pega o telefone e conta que lembrou, que foi sem querer, mas lembrou. Se for uma saudade que passou de raspão conta mesmo assim, conta que quase pegou em você, que você quase sentiu a minha falta e quase mandou uma mensagem e quase passamos a tarde conversando. E, se você não sentir saudade nunca, tudo bem, fico aqui achando que sentiu e não contou, e invejo as suas duas habilidades: não sentir saudade e ficar em silêncio quando sente. Perguntei para aquele nosso amigo, “Será que ela também sente?”. Ele respondeu com outra pergunta, “Você sente tanta saudade assim?. Eu disse, “Todos os dias”. Ele evitou me olhar nos olhos e falou baixo, “Todos os dias é melhor que todos os minutos”. Essa foi a primeira vez que quantifiquei a minha saudade em relação ao tempo: é muita, mas não é a cada minuto. Isso me leva a pensar que a sua pode ser pouca e única, por isso, se acontecer me avisa, pra eu saber se amanhã será um dia azul ou cinza.

Bruno Fontes .