Eu sou a sua dor antiga, aquela que você aperta quando está quase sarando. Aquela que você não conta pra ninguém, eu preciso que você me olhe , me decomponha, pedaço por pedaço. É fundamental que entenda cada parte de mim, para que assim, me deixe ir.

 

Quando as suas desconfianças se tornarem certeza

Quando eu não precisar disfarçar as minhas intenções com humor

Quando eu confessar que todas as músicas que falam de amor me lembram você

Quando eu te disser que me senti em casa quando você me abraçou

Quando você perceber que a forma que eu te olho não é comum

Quando você descobrir que a sua voz acalma meus pensamentos desordenados

Quando você entender que nossos caminhos não se cruzaram por acaso

Será o dia que eu vou dizer que te amo

Confessarei que eu adoro as nossas conversas desprovidas das urgências e do apego ansioso

Direi que a sua gargalhada no começo dos seus áudios me deixa feliz o resto do dia, mas eu amo mesmo é ver o seu sorriso de perto.

Vou te contar que todas as noites eu pedi para que Deus te protegesse da maldade do mundo e que Ele  ventasse no seu peito levando embora toda carência disfarçada de afeto

Vou dizer também que eu nunca te pedi para Deus, mas sempre que alguém me quebrava, com meus olhos inundados e o peito apertado, implorava para a dono das águas doces levar para longe aquilo que não me pertencia e trouxesse para perto o que me elevaria.

Quando você descobrir que eu te amo, vai me perguntar quanto de você tem nesse texto e eu vou te responder sem dizer uma palavra – você não terá mais dúvidas.

(ranilisboa)