segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Terá sorte se sair com vida, quanto mais duro for o embate, maior será minha sede de vitoria, minha gana, minha gula. Não é a primeira vez, dada experiências anteriores e do alto dos meus trinta e poucos anos, que não me permitiriam errar. De repente o que era necessário virou fatal. Pobre de ti, não sinto pena, não sinto absolutamente nada racional. Reaja, não se entregue, lute, debata, mas não implore por nada, não peça – faça!


Tudo em vão, enfim saciado. Desvencilhei lentamente minhas presas de sua carne. Você, combalido, sensível, arrepiado e sem reação. Eu satisfeita, saciada, quieta, feliz por dentro.


Tudo volta ao normal; a pulsação, os olhares, a respiração. Sinto a vida fluir novamente por minhas veias. O gosto suculento da avidez por carne. Afasto-me. Sinto um misto de culpa com necessidade. E é o que me salva dos meus pecados - A necessidade.


Talvez nos veremos novamente, talvez não. Dependerá da minha fome.

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