terça-feira, 20 de abril de 2010

Eu escancarei a porta --ridiculamente ansiosa---e lá estava ele, meu milagre pessoal.
O tempo não me deixara imune à perfeição de seu rosto, e eu tinha certeza de que nenhum aspecto dele deixaria de me surpreender. Meus olhos acompanharam suas feições pálidas: o quadrado do queixo, a curva suave dos lábios cheios---agora retorcidos num sorriso---a linha reta do nariz, o ângulo das maçãs do rosto, o mármore macio de testa ----parcialmente oculta por uma mecha de cabelo bronze, escuro com a chuva....
Deixei os olhos para o final, sabendo que, quando olhasse dentro deles, talvez perdesse o fio do pensamento.Eles eram grandes, calorosos como de ouro líquido, e emoldurados por uma franja grossa de cílios escuros.
Olhar seus olhos sempre fazia com que eu me sentisse extraordinária----como se meus ossos tivessem virado esponja.Eu também ficava um pouco tonta, mas isso devia ser porque eu me esquecia de respirar.
Peguei sua mão e suspirei quando seus dedos frios encontraram os meus. Seu toque vinha com a sensação estranha de alívio --- como se eu estivesse com dor e o sofrimento de repente cessasse.

Bella sobre Edward Cullen

"Eclipse" de Stephenie Meyer

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