Há algo mais nocivo do que um quase? Do que uma quase conquista? Do que uma quase certeza? Do que um quase amor? Viver na iminência é ter um pé na beira do abismo e não poder se jogar ao mar. É ver o trio elétrico e não poder correr atrás por causa da perna engessada. É esticar os braços para fora da janela e perceber que o trem é tão veloz que sequer os dedos se tocaram. Porque sempre que a gente quase, a gente não foi. Sempre que a gente quase, a gente não é. Sempre que a gente quase, a gente não será.
Pela primeira vez na vida, quase gozara. Mas morreu sem saber o que é ter um orgasmo.
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